Irlanda – O mais verde dos verdes

A Irlanda é um lugar com paisagens maravilhosas. Durante a minha Eurotrip de 2012, tive a oportunidade de passear nesse país incrível durante dois dias muito agitados. Apesar de muito curta e corrida, adorei a viagem.

A Carli, a Alexia, a Paige e eu chegamos a Dublin em torno de 9h30, podres da viagem de Londres e ansiosas para deitar e dormir um pouco. Pegamos um ônibus em frente ao Aeroporto e fomos direto ao nosso albergue. Ficamos no Four Courts Hostel, um albergue enorme, muito bem localizado, com recepção 24 horas, uma decoração muito divertida, camas super confortáveis e o café da manhã (apesar de meio pobrezinho) incluso. Por “apenas” 15 euros, ficamos em um quarto com 10 camas. Mas, por incrível que pareça, dormi feito um bebê nas duas noites. Tivemos muita sorte de compartilhar o quarto com pessoas bem tranquilas e, digamos assim, não-roncantes.

Como o nosso check-in era somente a partir das 15h e chegamos em torno do meio dia, deixamos a nossa bagagem no bagageiro do albergue e fomos almoçar para depois tirar uma soneca de barriga cheia. Não me pergunte o porquê, mas quando sentamos na lanchonete, a primeira coisa que fiz foi pedir um cappuccino. Não tenho o costume de tomar café e sou muito sensível à cafeína, então claro que na hora de deitar para cochilar, demorei mais tempo tentando dormir do que de fato dormindo. Mas, enfim, mais uma coisa que uma viagem longa pode fazer conosco, nos deixar com a inabilidade de tomar decisões racionais.

Bom, depois do lanche e da tão esperada soneca, fomos passear no centro de Dublin. Infelizmente, o tempo estava uma caca, então logo fomos para a Antiga Destilaria Jameson, onde aprendemos sobre o famoso uísque irlandês. Fizemos um tour que explica tanto a história quanto a fabricação da bebida. No final do tour, o guia seleciona em torno de oito pessoas para uma degustação comparando o uísque Jameson a duas outras marcas famosas (um era o Jack Daniel’s e o outro não consigo me lembrar). Como a Alexia e a Paige puxaram papo com o nosso guia antes do tour, tivemos a “sorte” de sermos todas selecionadas para a degustação. Comprovamos que o uísque Jameson realmente é o mais suave, já que ele é destilado três vezes (sim, aprendi isso no tour).

Para não perder tempo, logo que saímos da destilaria Jameson, corremos (okay, caminhamos) até a cervejaria Guinness, para aprender sobre outra bebida irlandesa que é reconhecida mundialmente. Ao contrário da Jameson, o tour com guia é opcional e, já que a cervejaria estava quase fechando, fomos forçadas a “optar” pela visita sem guia. A arquitetura do prédio é fantástica, assim como as explicações sobre como a cerveja é feita. No final do tour, ganhamos um copo delicioso de Guinness. Temos a opção de aprender como servir uma Guinness perfeita, servindo o nosso próprio copo, ou ir até o Gravity Bar, um bar com vista de 360º no sétimo andar do prédio. Escolhemos a primeira opção, claro!

Depois de uísque e cerveja irlandesa, fomos jantar na Temple Bar, uma região no centro de Dublin cheia de bares, restaurantes, lojas e agito, com ruas de paralelepípedo e muita gente alegre. Jantamos em um restaurante mexicano, sabe-se lá o porquê, mas foi uma delícia, e fomos a um bar encontrar com o nosso guia do Jameson tour. Imagine meu susto quando subimos a escada do bar para o segundo andar e escutei forró no último volume!  Havia pelo menos 15 brasileiros dançando loucamente e dando o maior show. Meia hora depois, um grupo enorme de idosos entrou no bar e tomou conta de todos os assentos disponíveis. Um bar minimamente interessante, mas cujo nome infelizmente não consigo me lembrar. Fomos também a um bar gay, The George. Vi, pela primeira vez, um show de drag queen, e fiquei encantada. Foi um espetáculo, no meio de uma balada lotada, com uma produção incrível e músicas muito divertidas, inclusive uma música do desenho A pequena sereia da Disney. Enfim, adorei. Voltamos ao albergue em torno das 2h30, e capotamos.

No dia seguinte, acordamos em torno das 8h para aproveitar o café da manhã gratuito e em seguida fazer um tour de Glendalough e Wicklow, duas regiões com paisagens maravilhosas nos arredores de Dublin. O tour custou 25 euros, mas valeu cada centavo. Estávamos exaustas, passando frio, irritadas com a chuva, e de ressaca da noite anterior, mas quando vimos as paisagens incríveis e o verde indescritível e único à Irlanda, tudo ficou ótimo. O mau humor passou, a chuva não incomodou mais, e a ressaca sumiu. Fiquei de queixo caído, encantada com a beleza que vimos. Simplesmente deslumbrante. O nosso guia, o Sr. Eamon (pronunciado “Eimen”), foi excelente. Ele soube nos dizer muita coisa sobre a história dos lugares que visitamos e até cantou uma velha cantiga irlandesa. Também paramos para comer em um restaurante que servia comida típica irlandesa, e comemos um ensopado irlandês maravilhoso. Foi um passeio que resolvemos fazer de última hora, sem muitas expectativas, mas que marcou muito a nossa viagem. Trouxe-nos novos ares e renovou as nossas energias. Recomendo a todos. (Para ver as fotos em tamanho maior, é só clicá-las.)

Depois do passeio, as meninas saíram para jantar e eu fui encontrar uma tia muito querida que está morando em Dublin. A tia Luciane tem uma história incrível, depois de várias tentativas frustradas de aprender inglês, ela resolveu que essa vez seria a última. Então, fez um curso de inglês por em torno de dois anos no Brasil e na metade desse ano se mudou para a Irlanda para dar continuidade aos seus estudos de uma forma mais intensa. Achei fantástico esse espírito aventureiro dela e estava muito feliz em poder encontrá-la nesse canto do mundo. Fui até a casa dela e passamos uma noite juntas muito legal. Comemos, conversamos e rimos muito. Uma pena que com toda a empolgação, as duas esqueceram de registrar o momento. Mas, sem problemas, pois ficará marcado na memória.

Na madrugada seguinte, saímos do albergue cedinho e eu, a Paige e a Carli pegamos o nosso voo rumo à Paris e a Alexia voltou para a Inglaterra. Apesar de termos dormido pouco, tivemos dois dias incríveis no país mais verde dos verdes.

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